DISCURSO DE POSSE DO NEOACADÊMICO JOSÉ WILAMY CARNEIRO VASCONCELOS – ASEL
SENHORAS E SENHORES, BOA NOITE! Minha saudação à Presidente dessa Academia – Professora Dra.Chrislene Carvalho Cavalcante. Saúdo extensivamente aos acadêmicos dessa mesa: ao Presidente de Honra João Edson de Andrade, o Vice-Presidente dessa Arcádia Arnaud de Holanda Cavalcante, o decano Professor José Portela, o Secretário Joab Aragão, o acadêmico Davi Helder de Vasconcelos, o acadêmico e advogado Neil Silveira e o conceituado Secretário Ad Hoc Professor Liduíno Sá. À minha genitora Dona Maria do Socorro Carneiro Vasconcelos – guerreira, mulher espirituosa incumbida aos princípios cristãos, de fé, na ética ao qual lhes devo toda minha efervescência religiosa, de caráter e virtude. Saudação a Rejane da Ponte Vasconcelos, minha digníssima esposa, mulher de fibra, amável, fiel e minha cara–metade. Professora – Psicopedagoga. A ela, agradeço toda a cumplicidade, dedicação e amor. Ela é minha força interior. Ao Rodrigo da Ponte Vasconcelos – meu progênie caçula, acadêmico de Medicina, agradeço a ele esse momento tão sublime e honrado para mim e para todos nós. A Rayane da Ponte Vasconcelos Costa minha primogênita – médica residente em Pediatria que, por força maior, não puderam estar presentes. Aos meus irmãos e irmãs aqui presentes. Aos amigos, colegas, alunos e professores tão significativos em prestigiar essa noite sublime. Ao amigo confrade Dr. Davi Helder de Vasconcelos por eruditas palavras e pronunciamentos evidenciais a minha pessoa. Senhoras e Senhores e Senhoritas! Esta é uma noite de glória para esse neoacadêmico, tomando posse nesta noite de 19 de julho de 2022, estendo-as para meus, cunhados, primos e tios. Sou um imaturo nas premissas dos imortais que aqui se encontram. Na pessoa dos cordiais colegas e acadêmicos que faz esse Silogeu. Nada seria e não teria alcançado tamanha proeza sem o aceite, o sim de vós. Minha eterna gratidão a todos. De modo especial, ao acadêmico Dr. Davi Helder de Vasconcelos, este que me confiou ao tão sonhado tributo e me confidenciou ao honrado convite de ser um possível membro na disputa dessa Academia. Confesso que não foi fácil. Pois estava concorrendo com mais dois gigantes mestres no mundo das Letras e da Educação. Agradeço ao Deus Pai Criador por ter-me concedido mais uma chance. Digo-lhes, sem “Ele” – não estaríamos aqui. Nesta terça-feira, 19 de julho, dia da minha posse como neoacadêmico nessa Arcádia, jamais esquecerei e ficará marcado para sempre. Data magnânima que coincidentemente comemora-se o inicio e uma série de eventos em comemoração às festividades dos “125 ANOS DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS” – ABL. A ABL, nesta terça-feira dia 19, transmitirá uma conversa com acadêmicos e pesquisadores para debater a importância das academias nos dias atuais. Uma mesa redonda, por videoconferência foi realizada hoje a partir das 16 horas. Entre os presentes, estavam o prof. José Luís Cardoso – presidente da Academia de Ciências de Lisboa; cientista político Sérgio Abrantes; o acadêmico Eduardo Gianetti. A embaixadora da França do Brasil, Brigite Collet, dentre outros. No Rio de Janeiro, neste próximo dia 20, digo-lhes amanhã, o Cristo Redentor será iluminado de verde-escuro, cor oficial da Academia Brasileira de Letras. Será entregue ao antropólogo Roberto da Mata, o prêmio Machado de Assis e, na ocasião, ocorrerá distribuição da medalha João Ribeiro e de Machado de Assis, sob a apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira, fruto de uma parceria e ação do Projeto Circuito da Literatura com o Instituto do Rio Patrimônio da Humanidade. Na abertura do evento, contará com a exibição de um filme em homenagem à Academia Brasileira de Letras, com a participação e narrativa da atriz Fernanda Montenegro, que ocupa uma das cadeiras da ABL. A homenagem conta com a imagem e produção de Dom Casmurro, o Auto da Compadecida, Escrava Isaura. A ABL foi fundada em 1897 e foi inspirada na Academia Francesa de Letras. A Instituição conta com 40 membros.E neste lado de cá, nessa terra abrasada do calor humano, instituída e falada pelo imortal sobralense Domingos Olímpio – Sobral banhada de intelectualidade, – meu querido torrão recentemente celebrou “AS FESTIVIDADES DOS 100 ANOS DA ACADEMIA SOBRALENSE DE LETRAS”. Eu, com a chance ocorrida numa reunião secreta no dia 14 de março de 2022, na eleição, sendo o escolhido e eleito pela ASEL – Academia Sobralense de Estudos e Letras, brado-lhes essa linda frase “Tudo posso naquele que me fortalece” – frase escrita em Filipenses pelo apostolo Paulo onde o apóstolo de Cristo Ressuscitado expressa que nada é impossível conosco com ajuda de Jesus Cristo. Assim sendo, acreditei numa possível chance. Ademais diz o certame e jargão: “Só ganha àquele que tenta e tem uma preciosa chance de participar”. Onde tudo começou explico-lhes: Numa manhã de torrente chuva umedecendo essa terra, onde o sol é o mastro rei despontando no horizonte quase o ano inteiro em seus raios luzentes, iluminando nosso povo aquecendo vossos corações, fui surpreendido com um telefonema do acadêmico Dr. Davi Helder de Vasconcelos. Argumento-lhes que Davi de Vasconcelos, membro desta Arcádia é um Hobin Hood das Letras, pois me desferiu uma flechada certeira no âmago. Ademais, encontrei naquele momento, uma oportunidade e chance de me tornar um neoacadêmico desse Silogeu. Numa reunião da Arcádia, foram feitas três indicações para que escolhesse o próximo neoacadêmico, numa votação. Assim, fizeram outros acadêmicos desse Silogeu à procura de um candidato. Além de minha pessoa, foram mais dois. Destarte, digo-lhes sendo contundente mais uma vez: tive a sorte de ser o escolhido. Agradeço a Deus, em primeiro lugar, e aos colegas desse Silogeu, em entoar com seu “Sim” – dando-me um voto de confiabilidade. Prometo honrar como acadêmico nessa Academia e fazer nossa cultura ir mais longe. Da minha e das nossas vozes a trilhar no horizonte para um mundo melhor, com consciência e dignidade para nosso povo, a cultura de nosso torrão e de nossa Pátria. Agradeço a minha querida e eterna cidade de Sobral que tanto amo e a todos aqui presentes, meu carinho como filho dessa terra e como neoacadêmico desta Academia. “Para cultivar a sabedoria é preciso força interior. Sem crescimento interno, é difícil conquistar a autoconfiança e a coragem necessária”. O autor dessa frase termina enfatizando-a. O impossível torna-se possível com a força de vontade. Autor da frase: Dalai Lama. Tenho com abundância essa força interior. Sou perseverante! Minhas maiores razões estão logo ali: minha Mãe, minha esposa, meus filhos, amigos e acadêmicos. Nesta noite de minha posse, assumo a Cadeira nº 04 desta Academia – que, outrora, foi ocupada pelo saudoso antecessor Francisco Jerônimo Torres, esmarrido no dia 23 de outubro de 2021. O confrade nasceu em Groaíras que foi antigo distrito sobralense. Conclamada nesta Ribeira do Acaraú por nossos ancestrais de “Riacho dos Guimarães” terra de grandes vultos na história de nosso povo. O Riacho dos Guimarães advém da manifestação do seu primeiro donatário, Lourenço Guimarães de Azevedo, por portaria de 1712, com doação de terra para a capela de padroeira de Nossa Senhora do Rosário. Terra onde foi batizado Gonçalo Ignácio de Loiola, o conhecido Padre Mororó. Esmiuçando sua biografia com o auxílio do acadêmico professor Dr. José Luís Lira – ex-presidente da ASEL, encontrei no seu livro recém-lançado “Academia Sobralense” e a Cadeira de Nº 24, no Centenário dessa Academia ocorrido neste último dia 7 de junho do dito ano. Assim fala sobre meu antecessor: Francisco Jerônimo Torres iniciou o magistério na Escola Paroquial Pio XII e no Centro Educacional Padre Mororó. Foi discípulo no Seminário São José de Sobral. Era licenciado em Letras pela Faculdade de Filosofia São José em Sobral e na Faculdade de Filosofia de Fortaleza. Francisco Jerônimo Torres possuía Especialização em Tecnologia Educacional. Uniu-se matrimonialmente com dona Zuíla Mendes Torres. Dessa união matrimonial, o imortal Jerônimo Torres e Dona Zuíla tiveram cinco saudáveis filhos. Jerônimo Torres foi redator e revisor de várias revistas nacionais. Atuou como redator e revisor da revista “O Cruzeiro” por cinco anos (1954-1964). No jornal do Brasil por uma década (1954-1964). No jornal Correio da Semana entre o ano de (1957/1958). Lecionou no Colégio Estadual Dom José Tupinambá da Frota e na Faculdade de Filosofia Dom José, onde se formou. Na Prefeitura de Sobral e de Groaíras, Jerônimo Torres foi secretário da Secretaria de Administração, chegando ao cargo de Chefe de Gabinete na Prefeitura de Sobral. Sobre o ilustre patrono Adolfo Caminha reitero-me: Adolfo Ferreira dos Santos Caminha foi poeta romancista/ escritor e jornalista de Aracati – terra iluminada de grandes pensadores em que seu topônimo já condiz com seu povo e sua reminiscência. Em tupi-guarani, Aracati significa ”Terra de Bons Ventos”. Aracati, berço de grandes vultos históricos, assim sendo de Manuel do Rego Medeiro – primeiro bispo cearense e Francisco José do Nascimento, abolicionista cearense, o tão conhecido “Dragão do Mar”. O patrono Adolfo Caminha têm como destaque a obra literária “A Normalista” e “Bom Crioulo”. Acometido de uma tuberculose faleceu no Rio de Janeiro em 1º de janeiro de 1897. Muito me envaidece ocupar, como neoacadêmico, a Cadeira Nº 4 que pertenceu aos vultos de nossa história acima citada. Destarte, meus sinceros agradecimentos a todos vocês que abrilhantam este dia tão memorável e especial. Aqui findo com uma de minhas poesias “QUE NOSSA HISTÓRIA NUNCA SE APAGUE. NOSSA LITERATURA ALCANCE OS ARES, E NOSSOS LEITORES E HISTORIADORES DESBRAVEM OS SETE MARES”. Meus sinceros agradecimentos e uma belíssima noite!
Muito obrigado!
Sobral, CE, 19 de julho de 2022.