José Sombra Filho se destacou no Liceu do Ceará, quer como aluno, quanto no Magistério, sobretudo nas matérias linguísticas e filosóficas, a par de sócio fundador da então “Sociedade Iracema Literária”. Não obstante ter se Bacharelado em Direito com louvor dada a sua formação intelectual, não quis abraçar a Advocacia, e muito menos a Magistratura, uma vez que desde os bancos escolares optou pela atividade acadêmica, daí o seu prestígio nessa área. O Doutor José Sombra nasceu na cidade de Viena, a essa época Capital do Império Austríaco, justamente no dia 21 março de 1883, em cujo País, se achavam os seus genitores, Doutor José Correia Sombra e Dona Luisa da Cunha Sombra, em viagem de trabalho – daí a naturalidade brasileira. O Casal em alusão era originário da aprazível cidade de Maranguape, integrando ainda hoje a microrregião de Fortaleza. Com o falecimento de seu pai, teve como preceptor, o Barão Guilherme Studart, médico, historiador e erudito homem de letras, o qual certamente contribuiu para a excelente formação cívica e intelectual do futuro literato, herdada também de seu progenitor, ilustrado esculápio especializado em Ginecologia, haja vista a sua tese nessa área e também versado nas letras. José Sombra segundo os biógrafos possuía o dom da oratória, tendo sido o “autor do Discurso proferido na Sessão Comemorativa da Fundação dos Cursos Jurídicos no Brasil realizada no Liceu Cearense, justamente no dia 11 de Agosto de 1905, publicado na Tipografia Minerva do Ceará, como representante da classe acadêmica”. Vítima de um abalroamento de veículos nas imediações do então Pavilhão Atlântico, localizado nas proximidades da Ponte Metálica, também conhecida como Ponte dos Ingleses, veio a óbito no dia vinte e um de abril de 1932. “A sociedade fortalezense de então foi presa de dor e de espanto com a trágica notícia, tanto que seu funeral foi verdadeiramente apoteótico”. Da supracitada fonte, ou seja, do Jornalzinho do Bairro Parque Araxá – JPA de janeiro de 2012, extrai o que sobre ele (José Sombra) escreveu Antônio Sales, a figura mais expressiva da Padaria Espiritual: “Raras Vezes uma vida se havia apagado, no Ceará, assim tão eloquentemente ungida pela unanimidade da mágoa”.